21 junho, 2010

"Brincar aos corredores no Gerês." Povoa / Terras Bouro

Transcrição da forma como um dos participantes viu este evento velocipédico.



Brincar aos corredores no Gerês

Póvoa de Varzim – Terras do Bouro foi de louvar


Um consolo, um divertimento, um saudável regresso ao cheirinho da competição foi o saldo da 1ª Clássica Póvoa de Varzim – Terras do Bouro para mim, anónimo ciclista no meio de um pelotão de 300 participantes com grande pinta.
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Até que enfim chegam a Portugal estas organizações, entre a longínqua e complicada corrida federada e o pachorrento e sensaborão passeio cicloturístico.

O prazer de espetar um dorsal na camisola, “estagiar” nos dias anteriores, rolar concentrado num pelotão e aproveitar ao máximo o ir nas rodas mais rápidas é um gosto que nos fazia falta desta maneira, em etapas em linha, por grandes e oxigenadas panorâmicas e com percursos completos, ao gosto de todos.

Voltar a ter batedores na frente, bandeirinhas amarelas, abastecimentos, ambulâncias e médico de prova é excelente, mas acima de tudo adversários rápidos e lentos, que se entreajudam e encaram a prova de uma forma salutar.

Sempre existiram no atletismo este tipo de provas em que o popular se pode inscrever ao lado do campeão mundial. Há maratonas, meias maratonas, S. Silvestres e por aí fora aos molhos no nosso país. E agora até que enfim no ciclismo!

Realço a qualidade dos “corredores”. Não se sentiu insegurança no pelotão. E está tudo como o aço! Mal a prova abriu em Amares, um pelotão de 100 elementos abalou pelos topos acima e nunca mais o vi. De resto, foi curtir a “corrida”, agradecer às meninas dos abastecimentos, interagir com o público que aplaudia e aconselhar calma a quem iniciava a subida do Gerês notoriamente sem conhecer a dificuldade dela.

Mal ultrapassei o cume da Junceda a minha alegria foi tanta que acho que fui sempre a rir até à meta, onde terminei num fantabulástico 131º lugar. O que gostei mais? Da oportunidade que a Organização nos deu, e em que regra geral esteve tudo muito bem.
A melhorar? Pouco. Talvez sensibilizar os participantes a deitar fora as garrafas de plástico nos 300 metros imediatamente a seguir aos abastecimentos para que a Organização as possa recolher. Deixar tanto plástico num parque nacional não é bom.
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E um almoço sentado e servido de forma mais confortável até teria promovido melhor o convívio.
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Quando é a próxima?

Ernesto Brochado
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Alguns vídeos efectuados durante o passeio.