14 outubro, 2013

Sugestão de passeio Outono


Com a entrada do Outono e com os dias a ficarem mais pequenos e menos quentes parece-nos ser uma boa altura para se passear aproveitando as nossas excelentes paisagens e a também nossa excelente gastronomia.

O trajecto que propomos é, por assim dizer, algo original, não pelos locais que propomos mas sim pela sequência com que os mesmos aparecem.

Como não podia deixar de ser o ponto de partida é a cidade do Porto (rotunda do Freixo) e o fim da nossa sugestão é em Vouzela. O percurso tem aproximadamente 170km.

São imensos os locais a visitar de onde vamos só destacar os principais tais como:

  • Convento de Arouca (Rainha Stª Mafalda).
  • Cascata da Frecha da Mizarela.
  • As pedras parideiras (Junto à aldeia da Castanheira).
  • Serra da Freita.
  • Serra de S. Macário.

Para almoçar sugerimos uma paragem em Alvarenga e deliciem-se com uma posta arouquesa, em alternativa podemos também sugerir os medalhões de vitela ou a costeleta de vitela grelhada. Para acompanhar a refeição sugerimos um vinho verde desta região vitivinícola.

Mas vamos ao percurso:

Como dissemos o início é na Rotunda do Freixo e segue-se pena EN 108 até à Barragem de Crestuma/Lever onde passamos para a margem esquerda do rio Douro. Seguem em direcção a sul até encontrar uma viragem à esquerda (4,3km) em direcção a Canedo (EN222) e será pela EN222 que irá até Castelo de Paiva onde podem fazer uma breve paragem no centro para tomar um cafezinho.

Em Castelo de Paiva seguem pena EN225 até Alvarenga (30km) localidade que sugerimos façam o vosso almoço.

De Alvarenga seguem pela R326-1 até Arouca (20km)

Em Arouca seguem pela M511 até ao Merujal onde seguem pela M621 até à aldeia de Castanheira onde sugerimos que visitem as pedras parideiras mas antes de cá chegarem já passaram pela Frecha da Mizarela. De Castanheira seguem pela M612 até encontrarem a EN227 onde viram à esquerda para S. Pedro do Sul (58km).

Em S. Pedro do Sul não se esqueçam de visitar as Termas e de irem ao alto da S. Macário.

De S. Pedro do Sul seguem para Vouzela e logo ao lado têm a A25 (antiga IP5) que permite uma ligação rápida para qualquer outro destino.

Aos que aceitarem a nossa sugestão desde já desejamos um excelente passeio e que nos deixem posteriormente a v/opinião

13 junho, 2013

75.ª VOLTA A PORTUGAL - 7 a 18 de Agosto


Muito provavelmente serão estas as etapas da Volta a Portugal 2013 sendo que aparentemente ainda haverá alguma indefinição no local de partida da última etapa.


  • Dia 07/08/ Prólogo/ Lisboa (CRE) 

  • Dia 08/08/ 1./ª Bombarral Aveiro 

  • Dia 09/08/ 2.ª/ Oliveira Azeméis Viana do Castelo 

  • Dia 10/08 /3.ª/ Trofa Fafe 

  • Dia 11/08 /4.ª/ Arouca Senhora da Graça 

  • Dia 12/08 /5.ª/ Lousada Oliveira do Bairro 

  • Dia 13/08 Descanso 

  • Dia 14/08 /6.ª/ Sertã Castelo Branco 

  • Dia 15/08 /7.ª/ Termas Monfortinho Gouveia 

  • Dia 16/08 /8.ª/ Oliveira do Hospital Torre

  • Dia 17/08 /9.ª/ Sabugal Guarda (CRI) 

  • Dia 18/08 /10.ª/ Viseu (?) - Viseu 

31 maio, 2013

24º Grande Prémio Ciclismo JN – Barbot


A DOISW irá estar presente no 24º Grande Prémio Ciclismo JN – Barbot transportando os reportares de imagem do PortoCanal.

Após um interregno de 12 anos o Grande Prémio Ciclismo JN volta às estradas nortenhas no próximo fim-de-semana, dias 01 e 02 de Junho.

Esta prova vai de novo trazer o Ciclismo ao centro da cidade do Porto com a já saudosa chegada à Avenida dos Aliados.

O pelotão será composto por 105 corredores em representação de 12 equipas sendo duas delas espanholas. As equipas são a OFM-Quinta da Lixa, Maia-Bicicletas Andrade, Efapel-GlassDrive, LA Antarte, Rádio Popular-Onda-Boavista, Carmim-Tavira, Louletano-Dunas Douradas, Liberty Seguros-Feira-KTM, Anicolor-Mortágua, Clube de Ciclismo José Maria Nicolau e ainda as equipas espanholas são Supermercados Froiz e a Bicicletas Rodriguez/Extremadura.

O 24º Grande Prémio Ciclismo JN – Barbot vai-se disputar em duas etapas sendo a 1.ª etapa será um contra-relógio individual com 3,8 quilómetros e vai-se disputar na marginal de Canidelo (Vila Nova de Gaia), Avenida Agustina Bessa Luís, local de chegada. O primeiro corredor parte às 15.30 horas. A 2ª etapa vai ter início em Viana do Castelo, região que ama o Ciclismo. O Parque da Agonia é o local da concentração, pelas 10 horas. Uma hora e meia depois, dá-se a partida, já na N13. Metas Volantes no centro Maia, km 86,4, e Rebordosa, 140,7. Prémios Montanha no Alto Camposa, 3.ª categoria, km 104,3 e Alto Assunção, 3.ª categoria, km 120,4.

Como atrás referimos o regresso do Grande Prémio Ciclismo JN (conhecido no meio velocipédico como “JN”) tem conclusão na Avenida dos Aliados, na sempre leal e invicta cidade do Porto. São 201 quilómetros, com a afirmação dos territórios de Chafé, Braga, Famalicão, Ribeirão, Trofa, Castelo da Maia, centro da Maia, Santo Tirso, Lordelo, Rebordosa, Vila Nova de Gaia e Porto. 
 

19 maio, 2013

Desporto



Definição de “DESPORTO”:
 
1. Divertimento, recreio.

2. Qualquer exercício corporal ao ar livre (para recreio, ou demonstrar agilidade, destreza ou força).

3. Desenvolvimento físico.
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Desporto é toda a forma de praticar actividade física que, através de participação ocasional ou organizada, visa equilibrar a saúde ou melhorar a aptidão física e proporcionar entretenimento aos participantes. Pode ser competitivo, onde o vencedor ou vencedores podem ser identificados por obtenção de um objectivo, e pode exigir um grau de habilidade, especialmente em níveis mais elevados. São centenas os tipos de desportos existentes, incluindo aqueles para um único participante, até aqueles com centenas de participantes simultâneos, em equipas ou individualmente. Algumas actividades não-físicas, como jogos de tabuleiro e jogos de cartas são muitas vezes referidos como desportos, mas um desporto é geralmente reconhecido como sendo baseada na actividade física.
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Desportos são normalmente geridos por um conjunto de regras ou costumes. Eventos físicos, tais como marcar golos ou cruzar uma linha em primeiro muitas vezes definem o resultado de um desporto. No entanto, o grau de habilidade e desempenho em alguns desportos, como Salto ornamental, Adestramento e Patinagem no gelo é julgado de acordo com critérios bem definidos. Isto, em contraste com outras actividades julgadas, como concursos de beleza e de musculação, onde a habilidade não tem que ser mostrada e os critérios não são tão bem definidos.
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Os registos são mantidos e actualizados para a maioria dos desportos nos níveis mais elevados, enquanto que as falhas e as realizações são amplamente divulgadas na imprensa desportiva.
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Os desportos são na maioria das vezes jogados apenas por diversão ou pelo simples facto das pessoas precisarem de exercício para se manterem em boas condições físicas. No entanto, o desporto e em especial o profissional é muito competitivo e uma importante fonte de rendimento económico e entretenimento.
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De entre todos os desportos há um que ressalta e é considerado como sendo o Desporto Rei, ou seja, o Futebol.
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Assim:

Daqui a algumas horas termina mais um campeonato de Futebol.
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Relembramos - Desporto, entre outras coisas, é sinonimo de alegria e festa.
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Independentemente de quem vá ganhar, pois obviamente só um é que pode ganhar, esperamos muito sinceramente que, no final dos jogos, seja isso mesmo que vá acontecer, ou seja, FESTA!!!
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O Desporto e em particular o Futebol, têm que ser sinónimos de festa e não de lutas e batalhas campais. Situações como por exemplo a que aconteceu com os jornalistas da Antena 1 no último jogo do F. C. Porto / S. L. Benfica não se podem repetir. “Batalhas campais” como se viu em Madrid na passada sexta-feira também não deveriam nunca acontecer.
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Será em Paços Ferreira que se vai decidir este ano quem será o Campeão Nacional 2012/2013. Esperamos pois que no final do jogo haja festa e que não haja violência e ainda que todas as partes se respeitam. A "luta" terá de ser somente dentro das quatro linhas e respeitando as regras.


03 maio, 2013

MOTOS & ASAS (Um Dia Pela Vida em Santarém)

DIVULGAÇÃO:

Data:
Sábado, 25-05-2013Localização: Aeródromo de Santarém

Local:
Quinta de São Lino, OMNIAS, Santarém - (Coordenadas GPS: N 39 12.530 – W 008 41.178)
 
 
Este evento visa contribuir com fundos a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro e insere-se na campanha Um Dia Pela Vida em Santarém.
 
 
Consistirá numa mega reunião de motociclistas e de aviadores, bem como de todos os amigos que os mesmos queiram trazer, à volta de um inolvidável almoço e, tendo como enquadramento, várias actividades ligadas ao motociclismo e à aviação, bem como outras animações.
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Avançamos para já com um Pré-Programa, assim denominado porque continuamos a procurar a inclusão de mais algumas actividades:
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Convergência de motos e aviões a partir das 12 horas;
·         Almoço (Sopa da Pedra e Porco no espeto), a partir das 13,30;
·         Baptismos de Voo;
·         Palco Musical;
·         Demonstrações de acrobacia aérea;
·         Mostra de aviões antigos;
·         Stands de Motos;
·         Stands de actividades ligadas ao motociclismo e à aviação.
 
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O contributo para a campanha UM DIA PELA VIDA serão apenas 10 módicas “asinhas”.
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Parques de estacionamento independentes, para motos e automóveis.
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Mais informações em:

08 março, 2013

MEMORIAL BRUNO NEVES - Póvoa-Senhora da Graça (2013)



Pelo quinto ano consecutivo irá para a estrada a clássica de ciclismo para todos, “Póvoa-Senhora da Graça”, que liga as cidades da Póvoa de Varzim a Mondim de Basto (monte Farinha).

Assim, no dia 5 de Maio a Bikeservice, com os apoios das Câmaras Municipais da Póvoa de Varzim e de Mondim de Basto, volta a organizar o “Memorial Bruno Neves”, que consiste num passeio em bicicleta entre a Póvoa de Varzim e Senhora da Graça.

Este é exactamente o mesmo percurso que cerca de 300 ciclistas amadores, percorreram na manhã de 11 de Maio de 2008. Nesse mesmo dia, Bruno Neves faleceu enquanto disputava o Grande Prémio de Amarante. O talentoso ciclista era, na altura, líder da Taça de Portugal e ciclista seleccionado para os Jogos Olímpicos.

O percurso, de 115 quilómetros tem início às 9h00 junto da Praça de Touros.

Trata-se de um passeio aberto à população em geral (excepto para menores de 18 anos), mas que pede já algum tipo de preparação para enfrentar a dureza de quatro horas de percurso. E talvez por isso mesmo, seja mesmo a melhor forma de homenagear Bruno Neves, cujo talento e sucesso deixavam adivinhar uma grande carreira no ciclismo nacional.
Todos os pormenores e inscrições no sítio na Internet da Bikeservice (www.bikeservice.pt).

02 março, 2013

Campeonato BTT da Maia 2013


DIVULGAÇÃO:

 

A exemplo dos anos anteriores, o Grupo Desportivo Os Maiatos vai uma vez mais organizar o Campeonato BTT da Maia tendo este campeonato tido origem nos antigos Jogos Inter Freguesias da Maia.

A edição 2013 terá cinco provas;

1)     24 de Março – Folgosa

2)    21 de Abril – Milheirós

3)    19 de Maio – Gemunde

4)    02 de Junho – Barca

5)    30 de Junho – S. Pedro de Avioso
 

Todas as informações relativas ao Campeonato BTT da Maia podem ser consultadas em http://campeonatobttmaia201.wix.com/pt.

21 fevereiro, 2013

Rota Castreja


Sugestão para passeio de um dia.

Rota Castreja

Nota introdutória:

A criação deste “roteiro” tem como base o conhecimento pessoal dos locais, das vias de comunicação e sobretudo nosso gosto pessoal. É também fruto de algum trabalho de pesquisa na Internet, mas que de científico nada tem assim como tão-pouco poderá ser considerado como um guia. Este “roteiro” tem como ponto de partida a cidade do Porto e está pensado como passeio de um dia e com um grau de subjectividade elevado. Claro está que na região norte e em particular na faixa litoral, são muitos os Castros e se subir um pouco mais e formos até à Galiza mais serão ainda. Felizmente que o estado de recuperação e conservação em muitos casos se pode considerar como boa.

Com a realização deste “roteiro” serão várias as vantagens com que poderão ficar no final do dia, uma vez que o itinerário escolhido em termos paisagísticos é agradável, culturalmente irão aumentar os vossos conhecimentos, vão também contactar um pouco com a natureza devido à localização dos Castros e os mais preguiçosos vão ter aqui um bom motivo para caminhar um pouco (fazendo pois assim algum exercício). Como a esmagadora maioria das pessoas vive em cidades poluídas, aproveitam assim também para respirar um pouco de ar puro. Pelas diversas características somos de opinião que estas visitas não se devem efectuar em dias de muito calor…

Terminamos pois esta pequena nota introdutória como a iniciamos, ou seja, relembramos o grau de subjectividade da nossa escolha e a aproximação geográfica de outros Castros por nós não indicados fazer com que a sequência sugerida possa não ser a melhor.

Mas o que são os Castros?

Os Castros são as ruínas ou restos arqueológicos de um tipo de povoado da Idade do Ferro característico das montanhas do noroeste da Península Ibérica. Os povoados eram construídos com estruturas predominantemente circulares, revelando desde cedo a implementação de uma «civilização da pedra», quer nas zonas de granito quer nas de xisto.

Uma cividade (substantivo feminino antigo de cidade) ou Citânia é um castro de maiores dimensões e importância, habitado continuamente. A designação Citânia é comparada com o "Cytian" dos povoados fortificados nas ilhas Britânicas.

Durante muito tempo consideraram-se os castros como "povoados fortificados", mas esta designação, consagrada pelo uso, é evidentemente muito redutora, porque recobre realidades arqueológicas muito diversas e susceptíveis de variadíssimas interpretações. Recentemente, tem-se vindo a aperceber que estes sítios são de uma enorme a complexidade, que de maneira alguma se podem apenas subsumir numa qualquer "cultura" local (ou várias), e muito menos numa "função" militar.

Em termos arqueológicos os castros estão quase invariavelmente localizados no topo de montes que são defesas naturais e permitem o controle táctico dos campos em redor. Estes montes tinham sempre fontes ou pequenas ribeiras, e naqueles mais desprovidos de água eram construídos reservatórios pelas populações, provavelmente para resistir aos cercos.

Um castro típico é fortificado por uma até quatro muralhas, mas mais comummente três, que complementam as defesas naturais do sítio. As casas têm cerca de três a cinco metros de diâmetro, e são na sua maioria circulares com algumas rectangulares, feitas de pedra solta e terra, com telhado cónico de colmo suspenso por um pilar de madeira central. As ruas são algo regulares, sugerindo organização social avançada. Os castros variam de algumas dezenas a algumas centenas de metros em diâmetro.

Julga-se que os castros eram locais de refúgio durante as guerras tribais Célticas e pré-Célticas, mas muitos, incluindo todas as citânias, eram verdadeiros centros populacionais continuamente habitados.

Observam-se normalmente cinco tipos diferentes de muros castrejos:

· Muralha de alinhamento, espessura e aparelho irregulares constituída por camadas de pedras colocadas horizontalmente, como ocorre no Castro do Coto da Pena.

· Muralha espessa com duas faces regularizadas de grandes blocos preenchidos por um aglomerado de pedras sem argamassada, como ocorre no Castro de Sabroso.

· Uma grande construção constituída por dois muros paralelos de faces verticais, normalmente de grandes blocos dispostos irregularmente, com intervalo preenchido por terra, tal como acontece na Cividade de Terroso.

· Construção sólida com muros de reforço adossados tal como ocorre no Castro de Romariz.

· Muralha simples com espessura média de 1,50 metros, normalmente formada por dois paramentos paralelos, tal como ocorre na Citânia de Briteiros.

Podemos considerar como três as fases da cultura Castreja:

1.A cultura Castreja formou-se num contexto atlântico com relações continentais e mediterrânicas por volta do ano 900 a.C.

2.A segunda fase inicia-se por volta de 500 a.C. e desenvolve-se com as migrações túrdulas, o comércio púnico e as primeiras importações provenientes da Península Itálica. É igualmente a fase da chegada de elementos étnicos célticos cujos contornos cronológicos e históricos devem ser entendidos no âmbito dos diversos processos regionais de celtização peninsular.

3.A terceira fase é a da proto-urbanização da cultura castreja com apogeu e declínio na era da romanização.

Os Castros já existiam durante o Neolítico e a Idade do Bronze, muito antes das invasões Célticas. Julga-se que a Cultura Ibérica desses povoados se misturou com os elementos célticos sem quebras de continuidade. O Céltico, provavelmente o dialecto Goidélico, tornou-se a língua franca de toda a Cultura Atlântica. Muitos dos megalitos da Idade do Bronze como menires e dólmenes estão situados em regiões em que também há castros, e são anteriores aos Celtas quer em Portugal e na Galiza, quer na costa atlântica da França, Grã-Bretanha e Irlanda. Estes monumentos continuaram a ser utilizados pelos druidas celtas.

Os Romanos destruíram muitos castros, devido à resistência feroz dos povos castrejos ao seu domínio, mas alguns foram aproveitados e expandidos como cidades romanas. Segundo Jorge de Alarcão "Aos castros, deram os Romanos o nome de castella, que aparece nas inscrições do século I d.C. sob a forma abreviada de um C invertido"

A zona nuclear castreja corresponde a toda a Galiza e à região portuguesa de Entre-Douro-e-Minho que confina a leste com a área ocupada na antiguidade pelos povos da etnia Zoelae para além do rio Sabor. Existe uma grande densidade de castros no Alto Minho, em especial nos territórios dos concelhos de Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença, Paredes de Coura, Viana do Castelo (Citânia de Santa Luzia, Castro do Vieito), Ponte de Lima (Castro de Santo Ovídeo) e Esposende (Castro de São Lourenço). No entanto, na bacia do Ave – Vizela existe um maior conjunto de castros de grande dimensão: a Citânia de Sanfins, Citânia de Briteiros, Cividade de Bagunte, o Castro de Alvarelhos e ainda nas proximidades a Cividade de Terroso.

Menos densas são a região de Basto e ainda menos densa é a planície litoral a Sul do Douro. Em Trás-os-Montes, existe uma concentração significativa nas zonas de terras altas, com altitude superior a 750 metros, nos concelhos de Montalegre, Boticas e parte dos concelhos de Vinhais e Bragança.

Novas perspectivas sobre a celtização do NO de Portugal e o território dos Callaeci Bracari valorizam características culturais e linguísticas de filiação céltica no substrato castrejo, ainda com forte expressão durante o período galaico-romano (inscrição da Fonte do Ídolo em Braga e o nome da cidade galaico-romana de Tongóbriga).

Também há alguns castros no Centro de Portugal e nas Astúrias (região de Espanha). Povoados semelhantes também foram encontrados na França Atlântica (Bretanha), Grã-Bretanha e Irlanda.

Mas vamos à nossa sugestão de “roteiro” – Castros a visitar:

· Castro de São Paio (Labruge – Vila do Conde).

· Cividade de Bagunte (Vila do Conde).

· Castro do Monte Padrão (Santo Tirso).

· Citânia de Sanfins (Paços Ferreira).

 

1ª Parte – Castro de São Paio (Labruge – Vila do Conde)

Para começar este “roteiro” nada melhor que tomar um cafezinho junto á praia em Labruge e visitar o Castro S. Paio.

A grande variabilidade de implantação na paisagem dos habitats da Idade do Ferro no Norte de Portugal encontra exemplo de muito interesse no pequeno castro de S. Paio, em Labruge, que constitui o único povoado castrejo absolutamente marítimo de toda a costa portuguesa, ao contrário do que sucede na Galiza, onde se conservam vários destes castros litorais, como o bem conhecido de Baroña.

O castro de S. Paio, que tira o nome do orago da pequena capela existente no local, é um povoado de reduzidas dimensões, assente num pequeno cabeço com cota de 14 metros, junto à praia. As suas defesas parecem resumir-se a uma muralha ou talude, de que podem ver-se vestígios a Nascente, associada a um fosso, que protegeria os habitantes na área mais aberta a terra, já que do lado oposto o mar constituía natural e eficaz protecção. Bastante destruído pela erosão litoral e pela utilização balnear do local, o castro conserva ainda vestígios das suas habitações, podendo ver-se alguns muros e construções de planta circular, se bem que as escavações arqueológicas tenham proporcionado o achado de variado espólio e outros elementos de interesse, como lareiras e pisos em argila decorados, que se encontram protegidos. Nas proximidades existem penedos com gravuras, de cronologia incerta. As escavações realizadas documentaram a ocupação deste povoado, que se encontra em processo de musealização, entre o século I antes de Cristo e os primeiros séculos da nossa era.

Como lá chegar:

Pela auto-estrada A28 (antigo IC1), que deverá abandonar-se na saída de Modivas (depois da área de serviço de Modivas - junto à Lactogal), seguindo depois para Sul pela Estrada Nacional 13 (Vila do Conde - Porto) e voltando à direita no 2º cruzamento a partir do qual a estação está abundantemente sinalizada. Já próximo da praia tomar em atenção pois a via é estreita e só passa um carro.

2ª Parte – Cividade de Bagunte (Vila do Conde)

Depois do cafezinho e da visita ao Castro S. Paio está na hora de se seguir para a Cividade de Bagunte e que dista a cerca de 16 km pelo caminho mais curto.

Regressam á EN 13 e desta vez viram em direcção a Vila do Conde. Já na EN13 e depois do Outlet tem o início da recta do Mindelo e um pouco antes do final existe um cruzamento onde para a esquerda vai dar a Mindelo. Nesse cruzamento vira-se á direita (rua em piso empedrado) e segue-se direcção a Fajozes – mas continuando sempre até a estrada acabar cerca de 3km Quando chegarem ao fim da estrada vão apanhar a N1064 e viram á esquerda e depois é sempre em frente até Bagunte onde vão encontrar sinalização para a Cividade. Em alternativa podem sempre fazer o seguinte percurso, ou seja, iniciado em Vila do Conde, deve tomar-se a Estrada Nacional 206, em direcção a Vila Nova de Famalicão. Cinco km depois (7 minutos) devem cortar à direita, na direcção de Junqueira, pela estrada municipal 525-4. Em Junqueira atinge-se o cruzamento com a Estrada Nacional 306 (1’9 km depois, cerca de 5 minutos), onde se deve seguir em frente, na direcção de Bagunte. Passados 1’6 km (cerca de 2 minutos), deve cortar-se à esquerda para Bagunte, atravessando a localidade na direcção do monte da Cividade, pela estrada municipal 527. 2’3km depois (5 minutos) encontra-se sinalizada a Cividade, do lado esquerdo da estrada (como referencia tem uma paragem de autocarro com abrigo.

Sobre a Cividade de Bagunte o que se pode escrever?

Na faixa sudoeste do Entre Douro o relevo é pouco elevado, embora se registem alguns cumes com posição dominante. Num desses relevos foi edificada a Cividade de Bagunte (altitude 206 metros) com um controlo geo-estratégico quase único, no quadro dos grandes povoados. Para oeste vigiava a plataforma litoral, extensa e fértil. Por outro lado, dominava quer a confluência dos rios Ave e Este, quer os tramos finais destes dois cursos de água, a Sul e a Norte, respectivamente. Controlava, assim, o acesso, através do vale do Este, ao coração do território dos Bracari, bem como a entrada do médio vale do Ave, onde fica a Citânia de Briteiros.

No Monte da Cividade é possível visualizar um povoado fortificado de dimensões consideráveis, talvez um dos maiores do Noroeste, com uma extensa área, igual ou superior à das grandes citânias do Entre Douro e Minho. A sua ocupação estende-se da Idade do Bronze à Antiguidade Tardia, embora destacando-se a organização do Ferro Pleno. O castro aparenta ter tido, no seu momento de máxima expansão, pelo menos cinco alinhamentos de muralhas. Esta Cividade foi ligeiramente explorada nos finais do século XIX e princípios do século XX e está classificada como monumento nacional desde 16 de Junho de 1910. As primeiras escavações ocorreram com o arqueólogo Ricardo Severo entre 1886 e 1888 sendo que as primeiras referências devem-se a nomes ilustres da Arqueologia Portuguesa: Francisco Martins Sarmento; Leite de Vasconcelos, Ricardo Severo e Fonseca Cardozo. O arqueosítio foi escavado em 1947 por Russel Cortez, que pôs a descoberto ruínas de casas circulares, rectangulares, bem como um conjunto doméstico do tipo domus, revelando a importância científico do sítio. Estes vestígios foram, posteriormente, cobertos por um extenso eucaliptal. Todavia, nos últimos anos realizaram-se intervenções de estudo e valorização promovidos pela Câmara Municipal de Vila do Conde, que está a desenvolver neste castro um ambicioso e bem fundamentado projecto, orientado por Paulo Costa Pinto e Pedro Brochado de Almeida, o que já permitiu remover árvores, estabelecendo itinerários, abrindo clareiras de áreas visitáveis e registando as estruturas. Pode-se, assim, observar ruínas de construções de aparelho granítico, rectangulares e circulares, bem como extensos pátios centrais lajeados, um dos elementos típicos das grandes citânias do Noroeste de Portugal. As estruturas encontram-se agrupadas em unidades habitacionais e estas em quarteirões. Pela qualidade dos paramentos das casas e efeito estético dos lajeados são evidentes a afinidades com a Citânia de Briteiros, com Santa Luzia ou com a Cividade de Âncora. Embora ainda não tenha sido descoberta nenhuma estátua de um possível príncipe, considerando a dimensão e posicionamento do sítio deve-se admitir que foi sede de um dos vários populi que viviam no espaço entre o Douro e o Minho, embora o seu nome seja desconhecido. Situado na freguesia de Bagunte, no concelho de Vila do Conde é Monumento Nacional desde 1910 e possui uma Zona Especial de Protecção desde 1960, o que permitiu manter a sua integridade visual e a envolvente.

A Norte, no sopé do monte conserva-se uma antiga via de circulação utilizada pelo menos desde a época romana e que mais tarde foi Caminho de Santiago.

Como complemento pode-se ainda dizer que Desde 1994, o gabinete de arqueologia da Câmara Municipal de Vila do Conde tem desenvolvido trabalhos de limpeza, controlo da vegetação e protecção das ruínas na zona da Cividade de Bagunte. O Gabinete conta com o apoio da associação de património arqueológico de Vila do Conde (APPA-VC) e da junta de freguesia de Bagunte. Todo o trabalho de valorização e transformação da Cividade tem por objectivo torná-la no Parque Arqueológico de Vila do Conde. É também o maior e mais antigo monumento nacional do concelho de Vila do Conde foi um grande povoado, fortificado com 52 hectares de interesse arqueológico, entre a área muralhada e o conjunto de vestígios periféricos. O povoado foi desde sempre conhecido das populações locais que chamavam monte Subidade ou Soledade, duas alterações ao termo latino original Civitate, de onde vem a nossa palavra cidade. 

3ª Parte – Castro do Monte Padrão (Santo Tirso)

Após a visita ao Castro S. Paio e à Cividade de Bagunte deve estar já muito próximo da hora de almoço. As sugestões são várias e pelo caminho mais curto a distancia até o Castro do Monte Padrão é de 35km.

Para se visitar o Castro do Monte Padrão têm que nos dirigir até Santo Tirso e são várias as opções que existem pelo que deixo ao livre arbítrio de cada um, contudo posso sempre sugerir que regressem pela N306 até ao cruzamento de Vilarinho onde viram à esquerda tomando a EN 104 até à Trofa ao longo do rio Ave. Passando o centro da Trofa continuam na EN 104 até Santo Tirso (não se esqueçam de degustar o tradicional Jesuíta). Aqui terão que apanhar a EN 319 em direcção a Paços de Ferreira. Nesta estrada seguirão até à povoação de Monte Córdova mas sugiro que um pouco antes façam um pequeno desvio para visitar o Santuário Nossa Senhora Assunção que foi concebido pelo arquitecto Korrodi sob a inspiração românica-gótica com alguns laivos de neo-romantismo. De planta em cruz grega e soberba construção, faz lembrar as monumentais basílicas orientais. Encontrando-se localizada em lugar de ampla visibilidade no Monte Assunção, tutela daí a cidade de Santo Tirso. Foi construído em 1934, em granito, num estilo neo-românico. Todos os anos no dia 15 de Agosto realizam uma romaria em honra da Santa. As vistas sobre Santo Tirso são muito bonitas e no sentido oposto já se consegue ver o Castro Monte Padrão, embora com alguma dificuldade e em linha recta distam a cerca de 1.000 metros.

De volta á estrada e mal entrem em Monte Córdova e junto à igreja paroquial, deverão virar à direita no cruzamento assinalado como “Estação arqueológica”. A partir daqui deverão seguir a estrada empedrada, acompanhado a sinalização até atingir a capela da Senhora do Padrão, ao fim de 800 metros. Podem e devem estacionar junto junta da capela, encontrando-se o castro no topo da elevação próxima, o Monte do Padrão, efectuando-se de forma tranquila a subida em poucos minutos.

O maciço designado pelo Monte Córdova, ocupa uma privilegiada situação geo-estratégica, pois divide as bacias hidrográficas dos rios Ave e Leça, cujas cabeceiras domina. Deste maciço destaca-se o Monte Padrão, sobranceiro quer ao vale do rio Sanguinhedo, afluente do Ave, quer ao vale do rio Leça. Do alto do Monte, que tem uma altitude de 413 metros domina-se, visualmente, uma ampla secção do vale do Ave e numerosos e férteis alvéolos, bem como a planície fluvial do rio. O castro erguido no Monte Padrão controlava não só a navegação fluvial como também um corredor terrestre que ligava Cale à zona nuclear dos Bracari.

O Monte Padrão fica pois situado na freguesia de Monte Córdova, concelho de Santo Tirso, é um dos grandes castros do Entre Douro e Minho, com uma assinalável continuidade, testemunhando mais de dois mil anos de história, pelo que está a justo título classificado como Monumento Nacional, desde 1910. O local foi extensivamente intervencionado, entre 1950 e 1956, por Carlos Faya Santarém, tendo as escavações incidido em particular sobre a zona norte da acrópole, onde foi descoberto um notável conjunto edificado já da época romana. Contudo a ocupação do local remonta ao Bronze Final (século IX a. C.), conforme os vestígios detectados na plataforma superior, em sondagens realizadas por Manuela Martins, na década de 80 do século XX. Novas intervenções foram realizadas na década de 90 sob a responsabilidade de Álvaro Moreira, trabalhos que prosseguem anualmente. Tal como noutros sítios paradigmáticos do Noroeste de Portugal um primeiro núcleo populacional terá evoluído para um castro da Idade do Ferro, do qual subsiste, bem conservada e visível, principalmente a Sul e Leste, a primeira linha de muralha, que defendia a plataforma superior, bem como vestígios de mais duas linhas, detectáveis pelos taludes artificiais. No topo aplanado do monte observam-se estruturas do período castrejo, nomeadamente casas circulares com ou sem vestíbulo, numa área de grande dinâmica urbana, evidenciada pela sobreposição de estruturas. No quadro do processo de romanização foi erguido um edifício de tipo domus, bem como grandes construções rectangulares a norte. A casa possui um peristilo, um amplo pátio lajeado quadrangular, rodeado por um porticado, para o qual se abrem diversos compartimentos rectangulares. A norte de deste edifício observam-se amplos compartimentos que parecem estar associados ao núcleo residencial.

A ocupação medieval não terá sido menos importante, no contexto da cristianização no Noroeste, existindo uma ligação à presença de S. Rosendo, figura emblemática do período da Reconquista. Conservam-se, perto da entrada Leste do conjunto, os alicerces de uma capela alto-medieval, dedicada a S. Rosendo, assim como de um edifício posterior baixo-medieval. Deste período data a necrópole de inumação que rodeia os caboucos das construções medievas, com sarcófagos formados por lajes de granito e tampas, associada a considerável espólio cerâmico medieval.

 

4ª Parte - Citânia de Sanfins (Paços Ferreira)

Após a visita ao Castro do Monte Padrão fica somente a faltar a visita Citânia de Sanfins e cuja distancia fica somente a 7,5km pelo caminho mais curto.

Regressar novamente à EN 319 e seguir em direcção a Paços de Ferreira. Aproximadamente 1 km depois e à entrada de Santa Luzia vira-se à esquerda e apanhar a EN 1115, cerca de 6km depois estão na Citânia de Sanfins (tem placas indicativas).

O relevo da zona sudoeste do Entre Douro e Minho, embora com uma média de altitude relativamente baixa, é muito fragmentado. Entre as diversas unidades geomorfológicas destacam-se alguns cumes que, pela sua imponência, dominam a paisagem envolvente numa extensão de muitos quilómetros. É o caso do monte (570 metros), onde foi implantada a Citânia de Sanfins. O seu posicionamento entre os limites das bacias hidrográficas do Douro e do Ave deve ser sublinhado, explicando a sua relevância estratégica, no quadro da paleo-geografia da Callaecia. Para norte as linhas de água dirigem-se para o Ave. Para sul convergem para o rio Eiriz, tributário do rio Ferreira que por sua vez desemboca no Sousa, próximo da confluência deste último no Douro. O cume onde foi erguido o castro é aplanado, o que facilitou a organização do sistema defensivo e o ordenamento proto-urbano.

A Citânia de Sanfins é um dos locais mais emblemáticos da Cultura Castreja do Noroeste Peninsular. Sendo uma das grandes citânias do Entre Douro e Minho, é um dos melhores exemplos do proto-urbanismo da II Idade do Ferro, com uma organização funcional do espaço urbano, que se estende por uma vasta área planáltica. A Citânia é circundada por três linhas de muralha, mais um quarto alinhamento complementar. Notam-se várias portas nas muralhas, reforçadas por fossos a Norte e a Sul. Junto de uma das portas, na segunda muralha, foi localizada uma estátua de guerreiro, actualmente representado por uma réplica. A relevância desta descoberta foi, mais tarde, confirmado pelo achado do guerreiro de S. Julião (Vila Verde), igualmente detectado junto da segunda linha de muralha. A área intra-muros ocupava pelo menos 15 hectares. A estrutura urbana do povoado é ordenada por um grande eixo Norte/Sul, atravessado por diferentes eixos perpendiculares, naquilo que constitui um notável ensaio de ortogonalidade na ordenação do espaço urbano. Delimitadas pelos arruamentos e muros limítrofes observam-se várias unidades domésticas com casas circulares, com ou sem vestíbulo, e rectangulares, em redor de um pátio central, por vezes lajeado. Pelas suas características morfológicas Sanfins é um dos melhores locais para se observar este modelo de proto-urbanismo. Uma das unidades encontra-se reconstruída, de tal forma que permite aos visitantes compreender melhor a importância da família extensa como núcleo básico da sociedade castreja. No centro da plataforma, duas grandes construções são interpretadas como estruturas proto-históricas de carácter ritual. Um dos maiores pontos de interesse da Citânia é o balneário castrejo, localizado fora da área urbana posto a descoberto, mas intra-muros, junto de uma pequena nascente de onde ainda brota água. O balneário apresenta uma estrutura comum às restantes construções do género, com fornalha de secção circular, câmara de sauna, vestíbulo separado da câmara pela pedra formosa decorada e pátio exterior lajeado, onde ainda se conservam dois tanques, assim como as canalizações de abastecimento e esgoto. Distingue-se, também, uma fonte de mergulho. A descoberta deste equipamento, na década de 70, do século XX, foi decisiva para a interpretação subsequente destes monumentos, anteriormente considerados como fornos crematórios desde o achado de estrutura idêntica em Briteiros, na década de 30. No ponto mais elevado da Citânia, junto do marco geodésico, subsistem os alicerces de uma capela medieval (dedicada a S. Romão), enquadrada no espaço de uma necrópole de inumação. A Citânia de Sanfins, Monumento Nacional desde 1946, foi primeiramente identificada em 1895 por Martins Sarmento e Leite de Vasconcelos. As maiores intervenções seriam contudo efectuadas a partir de 1944 e 1967 por Eugénio Jalhay (este apenas até 1950) e Afonso do Paço. A partir de 1968 a Faculdade de Letras da Universidade do Porto assumiu, através de Carlos Alberto Ferreira de Almeida o estudo do povoado, prosseguido por Armando Coelho F. Silva que dirigiu sucessivas campanhas, em conjunto com Rui Centeno, até 1993. A partir deste ano elabora-se um projecto de musealização, incluindo o restauro de estruturas arqueológicas e a construção de uma estrutura de apoio à visita.

Complementarmente ainda pode-se dizer que do seu património se destaca ainda as Muralhas, Pedra Formosa e o Núcleo familiar:

Em relação às Muralhas a Citânia estava protegida por várias linhas de muralhas. As muralhas defensivas adaptam-se de forma notável ao terreno, com uma planificação regular e arruamentos ortogonais.

Sobre a Pedra Formosa – é um monólito de grandes dimensões, normalmente decorado com gravuras em baixo relevo, localizado no interior dos balneários da civilização castreja que permitia o acesso, por uma pequena abertura, ao compartimento dos banhos e vapores quentes ou seja, pode-se dizer que é o edifício destinado aos banhos públicos.

“Dizem que alguns dos povos das margens do rio Douro vivem à maneira dos Lacónio (Esparta uma das mais notórias cidades-estado da Grécia Antiga). Untam-se com óleo duas vezes (por dia) em lugares especiais e tomam banhos de vapor, feito com pedras aquecidas pelo fogo e (depois) banham-se em água fria.”

Em relação ao Núcleo Familiar a Citânia possui mais de cento e cinquenta construções de planta circular e rectangular, agrupadas em cerca de quarenta conjuntos de unidades familiares. Recentemente foi restaurado um núcleo familiar.

“No dia-a-dia bebem cerveja e, raramente, vinho. O pouco que conseguem, depressa o consomem nas festas familiares... nesses banquetes sentam-se em bancos construídos ao redor dos muros, ocupando os lugares segundo a idade e a dignidade. A comida circula de mão em mão. Enquanto bebem, bailam e fazem coros ao som da flauta e da trombeta, dando saltos no ar e caindo de joelhos...”

Aos que aceitarem esta nossa sugestão resta-nos desejar que desfrutem ao máximo possível.

25 janeiro, 2013

Jogo limpo - Manifesto pela ética desportiva

DIVULGAÇÃO:


Numa altura em que o tema “doping” volta a estar, pelos piores motivos, no centro das atenções, a ACM - Associação de Ciclismo do Minho, com o apoio da Federação Portuguesa de Ciclismo, relançou o Jogo limpo - manifesto pela ética desportiva, um compromisso público em defesa da ética desportiva e contra o doping. Todos os interessados em subscrever o documento, inicialmente lançado em 2009, podem fazê-lo através do preenchimento do formulário disponível no final do manifesto.

Todos os pormenores podem ser consultados no sítio na Internet da Associação de Ciclismo do Minho (www.acm.pt).