20 dezembro, 2013
14 outubro, 2013
Sugestão de passeio Outono
Com a entrada do Outono e com os
dias a ficarem mais pequenos e menos quentes parece-nos ser uma boa altura para
se passear aproveitando as nossas excelentes paisagens e a também nossa
excelente gastronomia.
O trajecto que propomos é, por
assim dizer, algo original, não pelos locais que propomos mas sim pela sequência
com que os mesmos aparecem.
Como não podia deixar de ser o
ponto de partida é a cidade do Porto (rotunda do Freixo) e o fim da nossa
sugestão é em Vouzela. O percurso tem aproximadamente 170km.
São imensos os locais a visitar
de onde vamos só destacar os principais tais como:
- Convento de Arouca (Rainha Stª Mafalda).
- Cascata da Frecha da Mizarela.
- As pedras parideiras (Junto à aldeia da Castanheira).
- Serra da Freita.
- Serra de S. Macário.
Para almoçar sugerimos uma
paragem em Alvarenga e deliciem-se com uma posta arouquesa, em alternativa podemos
também sugerir os medalhões de vitela ou a costeleta de vitela grelhada. Para acompanhar
a refeição sugerimos um vinho verde desta região vitivinícola.
Mas vamos ao percurso:
Como dissemos o início é na
Rotunda do Freixo e segue-se pena EN 108 até à Barragem de Crestuma/Lever onde
passamos para a margem esquerda do rio Douro. Seguem em direcção a sul até
encontrar uma viragem à esquerda (4,3km) em direcção a Canedo (EN222) e será
pela EN222 que irá até Castelo de Paiva onde podem fazer uma breve paragem no
centro para tomar um cafezinho.
Em Castelo de Paiva seguem pena
EN225 até Alvarenga (30km) localidade que sugerimos façam o vosso almoço.
De Alvarenga seguem pela R326-1
até Arouca (20km)
Em Arouca seguem pela M511 até ao
Merujal onde seguem pela M621 até à aldeia de Castanheira onde sugerimos que
visitem as pedras parideiras mas antes de cá chegarem já passaram pela Frecha
da Mizarela. De Castanheira seguem pela M612 até encontrarem a EN227 onde viram
à esquerda para S. Pedro do Sul (58km).
Em S. Pedro do Sul não se
esqueçam de visitar as Termas e de irem ao alto da S. Macário.
De S. Pedro do Sul seguem para
Vouzela e logo ao lado têm a A25 (antiga IP5) que permite uma ligação rápida
para qualquer outro destino.
Aos que aceitarem a nossa
sugestão desde já desejamos um excelente passeio e que nos deixem
posteriormente a v/opinião
18 agosto, 2013
13 junho, 2013
75.ª VOLTA A PORTUGAL - 7 a 18 de Agosto
Muito
provavelmente serão estas as etapas da Volta a Portugal 2013 sendo que
aparentemente ainda haverá alguma indefinição no local de partida da última etapa.
- Dia 07/08/ Prólogo/ Lisboa (CRE)
Dia 08/08/ 1./ª Bombarral Aveiro
Dia 09/08/ 2.ª/ Oliveira Azeméis Viana do Castelo
Dia 10/08 /3.ª/ Trofa Fafe
Dia 11/08 /4.ª/ Arouca Senhora da Graça
Dia 12/08 /5.ª/ Lousada Oliveira do Bairro
Dia 13/08 Descanso
Dia 14/08 /6.ª/ Sertã Castelo Branco
Dia 15/08 /7.ª/ Termas Monfortinho Gouveia
Dia 16/08 /8.ª/ Oliveira do Hospital Torre
Dia 17/08 /9.ª/ Sabugal Guarda (CRI)
Dia 18/08 /10.ª/ Viseu (?) - Viseu
31 maio, 2013
24º Grande Prémio Ciclismo JN – Barbot
A DOISW irá
estar presente no 24º Grande Prémio Ciclismo JN – Barbot transportando os
reportares de imagem do PortoCanal.
Após um
interregno de 12 anos o Grande Prémio Ciclismo JN volta às estradas nortenhas
no próximo fim-de-semana, dias 01 e 02 de Junho.
Esta
prova vai de novo trazer o Ciclismo ao centro da cidade do Porto com a já
saudosa chegada à Avenida dos Aliados.
O pelotão
será composto por 105 corredores em representação de 12 equipas sendo duas
delas espanholas. As equipas são a OFM-Quinta da Lixa, Maia-Bicicletas Andrade,
Efapel-GlassDrive, LA Antarte, Rádio Popular-Onda-Boavista, Carmim-Tavira,
Louletano-Dunas Douradas, Liberty Seguros-Feira-KTM, Anicolor-Mortágua, Clube
de Ciclismo José Maria Nicolau e ainda as equipas espanholas são Supermercados
Froiz e a Bicicletas Rodriguez/Extremadura.
O 24º Grande Prémio Ciclismo JN – Barbot vai-se
disputar em duas etapas sendo a 1.ª etapa será um contra-relógio individual com
3,8 quilómetros e vai-se disputar na marginal de Canidelo (Vila Nova de Gaia),
Avenida Agustina Bessa Luís, local de chegada. O primeiro corredor parte às
15.30 horas. A 2ª etapa vai ter início em Viana do Castelo, região que ama o
Ciclismo. O Parque da Agonia é o local da concentração, pelas 10 horas. Uma
hora e meia depois, dá-se a partida, já na N13. Metas Volantes no centro Maia,
km 86,4, e Rebordosa, 140,7. Prémios Montanha no Alto Camposa, 3.ª categoria,
km 104,3 e Alto Assunção, 3.ª categoria, km 120,4.
Como
atrás referimos o regresso do Grande Prémio Ciclismo JN (conhecido no meio velocipédico
como “JN”) tem conclusão na Avenida dos Aliados, na sempre leal e invicta
cidade do Porto. São 201 quilómetros, com a afirmação dos territórios de Chafé,
Braga, Famalicão, Ribeirão, Trofa, Castelo da Maia, centro da Maia, Santo
Tirso, Lordelo, Rebordosa, Vila Nova de Gaia e Porto.
19 maio, 2013
Desporto
Definição de “DESPORTO”:
1. Divertimento, recreio.
2. Qualquer exercício corporal ao ar livre (para
recreio, ou demonstrar agilidade, destreza ou força).
3. Desenvolvimento físico.
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Desporto
é toda a forma de praticar actividade física que, através de participação
ocasional ou organizada, visa equilibrar a saúde ou melhorar a aptidão física e
proporcionar entretenimento aos participantes. Pode ser competitivo, onde o
vencedor ou vencedores podem ser identificados por obtenção de um objectivo, e
pode exigir um grau de habilidade, especialmente em níveis mais elevados. São
centenas os tipos de desportos existentes, incluindo aqueles para um único
participante, até aqueles com centenas de participantes simultâneos, em equipas
ou individualmente. Algumas actividades não-físicas, como jogos de tabuleiro e
jogos de cartas são muitas vezes referidos como desportos, mas um desporto é
geralmente reconhecido como sendo baseada na actividade física.
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Desportos
são normalmente geridos por um conjunto de regras ou costumes. Eventos físicos,
tais como marcar golos ou cruzar uma linha em primeiro muitas vezes definem o
resultado de um desporto. No entanto, o grau de habilidade e desempenho em
alguns desportos, como Salto ornamental, Adestramento e Patinagem no gelo é
julgado de acordo com critérios bem definidos. Isto, em contraste com outras
actividades julgadas, como concursos de beleza e de musculação, onde a
habilidade não tem que ser mostrada e os critérios não são tão bem definidos.
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Os
registos são mantidos e actualizados para a maioria dos desportos nos níveis
mais elevados, enquanto que as falhas e as realizações são amplamente
divulgadas na imprensa desportiva.
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Os desportos são na maioria das vezes jogados apenas por diversão ou pelo simples facto das pessoas precisarem de exercício para se manterem em boas condições físicas. No entanto, o desporto e em especial o profissional é muito competitivo e uma importante fonte de rendimento económico e entretenimento.
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Os desportos são na maioria das vezes jogados apenas por diversão ou pelo simples facto das pessoas precisarem de exercício para se manterem em boas condições físicas. No entanto, o desporto e em especial o profissional é muito competitivo e uma importante fonte de rendimento económico e entretenimento.
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De
entre todos os desportos há um que ressalta e é considerado como sendo o
Desporto Rei, ou seja, o Futebol.
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Assim:
Daqui
a algumas horas termina mais um campeonato de Futebol.
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Relembramos
- Desporto, entre outras coisas, é sinonimo de alegria e festa.
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Independentemente
de quem vá ganhar, pois obviamente só um é que pode ganhar, esperamos muito
sinceramente que, no final dos jogos, seja isso mesmo que vá acontecer, ou
seja, FESTA!!!
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O
Desporto e em particular o Futebol, têm que ser sinónimos de festa e não de
lutas e batalhas campais. Situações como por exemplo a que aconteceu com os
jornalistas da Antena 1 no último jogo do F. C. Porto / S. L. Benfica não se
podem repetir. “Batalhas campais” como se viu em Madrid na passada sexta-feira
também não deveriam nunca acontecer.
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Será
em Paços Ferreira que se vai decidir este ano quem será o Campeão Nacional
2012/2013. Esperamos pois que no final do jogo haja festa e que não haja
violência e ainda que todas as partes se respeitam. A "luta"
terá de ser somente dentro das quatro linhas e respeitando as regras.
03 maio, 2013
MOTOS & ASAS (Um Dia Pela Vida em Santarém)
DIVULGAÇÃO:
Data:
Sábado,
25-05-2013Localização: Aeródromo de Santarém
Local:
Quinta
de São Lino, OMNIAS, Santarém - (Coordenadas GPS: N 39 12.530 – W 008 41.178)
Este evento visa
contribuir com fundos a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro e insere-se na
campanha Um Dia Pela Vida em Santarém.
Consistirá
numa mega reunião de motociclistas e de aviadores, bem como de todos os amigos
que os mesmos queiram trazer, à volta de um inolvidável almoço e, tendo como
enquadramento, várias actividades ligadas ao motociclismo e à aviação, bem como
outras animações.
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Avançamos
para já com um Pré-Programa, assim denominado porque continuamos a procurar a
inclusão de mais algumas actividades:
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Convergência
de motos e aviões a partir das 12 horas;
·
Almoço
(Sopa da Pedra e Porco no espeto), a partir das 13,30;
·
Baptismos
de Voo;
·
Palco
Musical;
·
Demonstrações
de acrobacia aérea;
·
Mostra
de aviões antigos;
·
Stands
de Motos;
·
Stands
de actividades ligadas ao motociclismo e à aviação.
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O
contributo para a campanha UM DIA PELA VIDA serão apenas 10 módicas “asinhas”.
.
Parques
de estacionamento independentes, para motos e automóveis.
.
Mais
informações em:
28 março, 2013
08 março, 2013
MEMORIAL BRUNO NEVES - Póvoa-Senhora da Graça (2013)
Pelo quinto ano consecutivo irá
para a estrada a clássica de ciclismo para todos, “Póvoa-Senhora da Graça”, que liga as cidades da Póvoa de Varzim a
Mondim de Basto (monte Farinha).
Assim, no dia 5 de Maio a
Bikeservice, com os apoios das Câmaras Municipais da Póvoa de Varzim e de
Mondim de Basto, volta a organizar o “Memorial Bruno Neves”, que consiste
num passeio em bicicleta entre a Póvoa de Varzim e Senhora da Graça.
Este é exactamente o mesmo
percurso que cerca de 300 ciclistas amadores, percorreram na manhã de 11 de
Maio de 2008. Nesse mesmo dia, Bruno Neves faleceu enquanto disputava o Grande
Prémio de Amarante. O talentoso ciclista era, na altura, líder da Taça de
Portugal e ciclista seleccionado para os Jogos Olímpicos.
O percurso, de 115 quilómetros
tem início às 9h00 junto da Praça de Touros.
Trata-se de um passeio aberto à
população em geral (excepto para menores de 18 anos), mas que pede já algum
tipo de preparação para enfrentar a dureza de quatro horas de percurso. E
talvez por isso mesmo, seja mesmo a melhor forma de homenagear Bruno Neves,
cujo talento e sucesso deixavam adivinhar uma grande carreira no ciclismo
nacional.
Todos os pormenores e inscrições no
sítio na Internet da Bikeservice (www.bikeservice.pt).
02 março, 2013
Campeonato BTT da Maia 2013
DIVULGAÇÃO:
A
exemplo dos anos anteriores, o Grupo Desportivo Os Maiatos vai uma vez mais
organizar o Campeonato BTT da Maia tendo este campeonato tido origem nos
antigos Jogos Inter Freguesias da Maia.
A
edição 2013 terá cinco provas;
1)
24 de Março – Folgosa
2) 21 de
Abril – Milheirós
3) 19 de
Maio – Gemunde
4) 02 de
Junho – Barca
5)
30 de Junho – S. Pedro de Avioso
Todas
as informações relativas ao Campeonato BTT da Maia podem ser consultadas em http://campeonatobttmaia201.wix.com/pt.
21 fevereiro, 2013
Rota Castreja
Sugestão para passeio
de um dia.
Rota
Castreja
Nota
introdutória:
A criação deste “roteiro” tem
como base o conhecimento pessoal dos locais, das vias de comunicação e
sobretudo nosso gosto pessoal. É também fruto de algum trabalho de pesquisa na
Internet, mas que de científico nada tem assim como tão-pouco poderá ser
considerado como um guia. Este “roteiro” tem como ponto de partida a cidade do
Porto e está pensado como passeio de um dia e com um grau de subjectividade
elevado. Claro está que na região norte e em particular na faixa litoral, são
muitos os Castros e se subir um pouco mais e formos até à Galiza mais serão
ainda. Felizmente que o estado de recuperação e conservação em muitos casos se
pode considerar como boa.
Com a realização deste “roteiro”
serão várias as vantagens com que poderão ficar no final do dia, uma vez que o
itinerário escolhido em termos paisagísticos é agradável, culturalmente irão
aumentar os vossos conhecimentos, vão também contactar um pouco com a natureza
devido à localização dos Castros e os mais preguiçosos vão ter aqui um bom
motivo para caminhar um pouco (fazendo pois assim algum exercício). Como a
esmagadora maioria das pessoas vive em cidades poluídas, aproveitam assim também
para respirar um pouco de ar puro. Pelas diversas características somos de
opinião que estas visitas não se devem efectuar em dias de muito calor…
Terminamos pois esta pequena nota
introdutória como a iniciamos, ou seja, relembramos o grau de subjectividade da
nossa escolha e a aproximação geográfica de outros Castros por nós não
indicados fazer com que a sequência sugerida possa não ser a melhor.
Mas o que são os Castros?
Os Castros são as ruínas ou
restos arqueológicos de um tipo de povoado da Idade do Ferro característico das
montanhas do noroeste da Península Ibérica. Os povoados eram construídos com
estruturas predominantemente circulares, revelando desde cedo a implementação
de uma «civilização da pedra», quer nas zonas de granito quer nas de xisto.
Uma cividade (substantivo
feminino antigo de cidade) ou Citânia é um castro de maiores dimensões e
importância, habitado continuamente. A designação Citânia é comparada com o
"Cytian" dos povoados fortificados nas ilhas Britânicas.
Durante muito tempo
consideraram-se os castros como "povoados fortificados", mas esta
designação, consagrada pelo uso, é evidentemente muito redutora, porque recobre
realidades arqueológicas muito diversas e susceptíveis de variadíssimas
interpretações. Recentemente, tem-se vindo a aperceber que estes sítios são de
uma enorme a complexidade, que de maneira alguma se podem apenas subsumir numa
qualquer "cultura" local (ou várias), e muito menos numa
"função" militar.
Em termos arqueológicos os
castros estão quase invariavelmente localizados no topo de montes que são
defesas naturais e permitem o controle táctico dos campos em redor. Estes
montes tinham sempre fontes ou pequenas ribeiras, e naqueles mais desprovidos
de água eram construídos reservatórios pelas populações, provavelmente para
resistir aos cercos.
Um castro típico é fortificado
por uma até quatro muralhas, mas mais comummente três, que complementam as
defesas naturais do sítio. As casas têm cerca de três a cinco metros de
diâmetro, e são na sua maioria circulares com algumas rectangulares, feitas de
pedra solta e terra, com telhado cónico de colmo suspenso por um pilar de
madeira central. As ruas são algo regulares, sugerindo organização social
avançada. Os castros variam de algumas dezenas a algumas centenas de metros em
diâmetro.
Julga-se que os castros eram
locais de refúgio durante as guerras tribais Célticas e pré-Célticas, mas
muitos, incluindo todas as citânias, eram verdadeiros centros populacionais
continuamente habitados.
Observam-se normalmente cinco
tipos diferentes de muros castrejos:
· Muralha de alinhamento,
espessura e aparelho irregulares constituída por camadas de pedras colocadas
horizontalmente, como ocorre no Castro do Coto da Pena.
· Muralha espessa com duas faces
regularizadas de grandes blocos preenchidos por um aglomerado de pedras sem
argamassada, como ocorre no Castro de Sabroso.
· Uma grande construção
constituída por dois muros paralelos de faces verticais, normalmente de grandes
blocos dispostos irregularmente, com intervalo preenchido por terra, tal como
acontece na Cividade de Terroso.
· Construção sólida com muros de
reforço adossados tal como ocorre no Castro de Romariz.
· Muralha simples com espessura
média de 1,50 metros, normalmente formada por dois paramentos paralelos, tal
como ocorre na Citânia de Briteiros.
Podemos considerar como três as
fases da cultura Castreja:
1.A cultura Castreja formou-se
num contexto atlântico com relações continentais e mediterrânicas por volta do
ano 900 a.C.
2.A segunda fase inicia-se por
volta de 500 a.C. e desenvolve-se com as migrações túrdulas, o comércio púnico
e as primeiras importações provenientes da Península Itálica. É igualmente a
fase da chegada de elementos étnicos célticos cujos contornos cronológicos e
históricos devem ser entendidos no âmbito dos diversos processos regionais de
celtização peninsular.
3.A terceira fase é a da
proto-urbanização da cultura castreja com apogeu e declínio na era da
romanização.
Os Castros já existiam durante o
Neolítico e a Idade do Bronze, muito antes das invasões Célticas. Julga-se que
a Cultura Ibérica desses povoados se misturou com os elementos célticos sem
quebras de continuidade. O Céltico, provavelmente o dialecto Goidélico,
tornou-se a língua franca de toda a Cultura Atlântica. Muitos dos megalitos da
Idade do Bronze como menires e dólmenes estão situados em regiões em que também
há castros, e são anteriores aos Celtas quer em Portugal e na Galiza, quer na
costa atlântica da França, Grã-Bretanha e Irlanda. Estes monumentos continuaram
a ser utilizados pelos druidas celtas.
Os Romanos destruíram muitos
castros, devido à resistência feroz dos povos castrejos ao seu domínio, mas
alguns foram aproveitados e expandidos como cidades romanas. Segundo Jorge de
Alarcão "Aos castros, deram os Romanos o nome de castella, que aparece nas
inscrições do século I d.C. sob a forma abreviada de um C invertido"
A zona nuclear castreja
corresponde a toda a Galiza e à região portuguesa de Entre-Douro-e-Minho que
confina a leste com a área ocupada na antiguidade pelos povos da etnia Zoelae
para além do rio Sabor. Existe uma grande densidade de castros no Alto Minho,
em especial nos territórios dos concelhos de Caminha, Vila Nova de Cerveira,
Valença, Paredes de Coura, Viana do Castelo (Citânia de Santa Luzia, Castro do
Vieito), Ponte de Lima (Castro de Santo Ovídeo) e Esposende (Castro de São
Lourenço). No entanto, na bacia do Ave – Vizela existe um maior conjunto de
castros de grande dimensão: a Citânia de Sanfins, Citânia de Briteiros,
Cividade de Bagunte, o Castro de Alvarelhos e ainda nas proximidades a Cividade
de Terroso.
Menos densas são a região de
Basto e ainda menos densa é a planície litoral a Sul do Douro. Em
Trás-os-Montes, existe uma concentração significativa nas zonas de terras
altas, com altitude superior a 750 metros, nos concelhos de Montalegre, Boticas
e parte dos concelhos de Vinhais e Bragança.
Novas perspectivas sobre a
celtização do NO de Portugal e o território dos Callaeci Bracari valorizam
características culturais e linguísticas de filiação céltica no substrato
castrejo, ainda com forte expressão durante o período galaico-romano (inscrição
da Fonte do Ídolo em Braga e o nome da cidade galaico-romana de Tongóbriga).
Também há alguns castros no
Centro de Portugal e nas Astúrias (região de Espanha). Povoados semelhantes também
foram encontrados na França Atlântica (Bretanha), Grã-Bretanha e Irlanda.
Mas
vamos à nossa sugestão de “roteiro” – Castros a visitar:
· Castro de São Paio
(Labruge – Vila do Conde).
· Cividade de Bagunte (Vila
do Conde).
· Castro do Monte Padrão
(Santo Tirso).
· Citânia de Sanfins (Paços
Ferreira).
1ª
Parte – Castro de São Paio (Labruge – Vila do Conde)
Para começar este “roteiro” nada
melhor que tomar um cafezinho junto á praia em Labruge e visitar o Castro S.
Paio.
A grande variabilidade de
implantação na paisagem dos habitats da Idade do Ferro no Norte de Portugal
encontra exemplo de muito interesse no pequeno castro de S. Paio, em Labruge,
que constitui o único povoado castrejo absolutamente marítimo de toda a costa
portuguesa, ao contrário do que sucede na Galiza, onde se conservam vários
destes castros litorais, como o bem conhecido de Baroña.
O castro de S. Paio, que tira o
nome do orago da pequena capela existente no local, é um povoado de reduzidas
dimensões, assente num pequeno cabeço com cota de 14 metros, junto à praia. As
suas defesas parecem resumir-se a uma muralha ou talude, de que podem ver-se
vestígios a Nascente, associada a um fosso, que protegeria os habitantes na
área mais aberta a terra, já que do lado oposto o mar constituía natural e
eficaz protecção. Bastante destruído pela erosão litoral e pela utilização
balnear do local, o castro conserva ainda vestígios das suas habitações,
podendo ver-se alguns muros e construções de planta circular, se bem que as
escavações arqueológicas tenham proporcionado o achado de variado espólio e
outros elementos de interesse, como lareiras e pisos em argila decorados, que
se encontram protegidos. Nas proximidades existem penedos com gravuras, de
cronologia incerta. As escavações realizadas documentaram a ocupação deste
povoado, que se encontra em processo de musealização, entre o século I antes de
Cristo e os primeiros séculos da nossa era.
Como lá chegar:
Pela auto-estrada A28 (antigo
IC1), que deverá abandonar-se na saída de Modivas (depois da área de serviço de
Modivas - junto à Lactogal), seguindo depois para Sul pela Estrada Nacional 13
(Vila do Conde - Porto) e voltando à direita no 2º cruzamento a partir do qual
a estação está abundantemente sinalizada. Já próximo da praia tomar em atenção
pois a via é estreita e só passa um carro.
2ª
Parte – Cividade de Bagunte (Vila do Conde)
Depois do cafezinho e da visita
ao Castro S. Paio está na hora de se seguir para a Cividade de Bagunte e que
dista a cerca de 16 km pelo caminho mais curto.
Regressam á EN 13 e desta vez
viram em direcção a Vila do Conde. Já na EN13 e depois do Outlet tem o início
da recta do Mindelo e um pouco antes do final existe um cruzamento onde para a
esquerda vai dar a Mindelo. Nesse cruzamento vira-se á direita (rua em piso
empedrado) e segue-se direcção a Fajozes – mas continuando sempre até a estrada
acabar cerca de 3km Quando chegarem ao fim da estrada vão apanhar a N1064 e
viram á esquerda e depois é sempre em frente até Bagunte onde vão encontrar
sinalização para a Cividade. Em alternativa podem sempre fazer o seguinte
percurso, ou seja, iniciado em Vila do Conde, deve tomar-se a Estrada Nacional
206, em direcção a Vila Nova de Famalicão. Cinco km depois (7 minutos) devem
cortar à direita, na direcção de Junqueira, pela estrada municipal 525-4. Em
Junqueira atinge-se o cruzamento com a Estrada Nacional 306 (1’9 km depois,
cerca de 5 minutos), onde se deve seguir em frente, na direcção de Bagunte.
Passados 1’6 km (cerca de 2 minutos), deve cortar-se à esquerda para Bagunte,
atravessando a localidade na direcção do monte da Cividade, pela estrada
municipal 527. 2’3km depois (5 minutos) encontra-se sinalizada a Cividade, do
lado esquerdo da estrada (como referencia tem uma paragem de autocarro com
abrigo.
Sobre a Cividade de Bagunte o que
se pode escrever?
Na faixa sudoeste do Entre Douro
o relevo é pouco elevado, embora se registem alguns cumes com posição
dominante. Num desses relevos foi edificada a Cividade de Bagunte (altitude 206
metros) com um controlo geo-estratégico quase único, no quadro dos grandes
povoados. Para oeste vigiava a plataforma litoral, extensa e fértil. Por outro
lado, dominava quer a confluência dos rios Ave e Este, quer os tramos finais
destes dois cursos de água, a Sul e a Norte, respectivamente. Controlava,
assim, o acesso, através do vale do Este, ao coração do território dos Bracari,
bem como a entrada do médio vale do Ave, onde fica a Citânia de Briteiros.
No Monte da Cividade é possível
visualizar um povoado fortificado de dimensões consideráveis, talvez um dos
maiores do Noroeste, com uma extensa área, igual ou superior à das grandes
citânias do Entre Douro e Minho. A sua ocupação estende-se da Idade do Bronze à
Antiguidade Tardia, embora destacando-se a organização do Ferro Pleno. O castro
aparenta ter tido, no seu momento de máxima expansão, pelo menos cinco
alinhamentos de muralhas. Esta Cividade foi ligeiramente explorada nos finais
do século XIX e princípios do século XX e está classificada como monumento
nacional desde 16 de Junho de 1910. As primeiras escavações ocorreram com o
arqueólogo Ricardo Severo entre 1886 e 1888 sendo que as primeiras referências
devem-se a nomes ilustres da Arqueologia Portuguesa: Francisco Martins
Sarmento; Leite de Vasconcelos, Ricardo Severo e Fonseca Cardozo. O arqueosítio
foi escavado em 1947 por Russel Cortez, que pôs a descoberto ruínas de casas
circulares, rectangulares, bem como um conjunto doméstico do tipo domus,
revelando a importância científico do sítio. Estes vestígios foram,
posteriormente, cobertos por um extenso eucaliptal. Todavia, nos últimos anos
realizaram-se intervenções de estudo e valorização promovidos pela Câmara
Municipal de Vila do Conde, que está a desenvolver neste castro um ambicioso e
bem fundamentado projecto, orientado por Paulo Costa Pinto e Pedro Brochado de
Almeida, o que já permitiu remover árvores, estabelecendo itinerários, abrindo
clareiras de áreas visitáveis e registando as estruturas. Pode-se, assim,
observar ruínas de construções de aparelho granítico, rectangulares e
circulares, bem como extensos pátios centrais lajeados, um dos elementos
típicos das grandes citânias do Noroeste de Portugal. As estruturas
encontram-se agrupadas em unidades habitacionais e estas em quarteirões. Pela
qualidade dos paramentos das casas e efeito estético dos lajeados são evidentes
a afinidades com a Citânia de Briteiros, com Santa Luzia ou com a Cividade de
Âncora. Embora ainda não tenha sido descoberta nenhuma estátua de um possível
príncipe, considerando a dimensão e posicionamento do sítio deve-se admitir que
foi sede de um dos vários populi que viviam no espaço entre o Douro e o Minho,
embora o seu nome seja desconhecido. Situado na freguesia de Bagunte, no
concelho de Vila do Conde é Monumento Nacional desde 1910 e possui uma Zona Especial
de Protecção desde 1960, o que permitiu manter a sua integridade visual e a
envolvente.
A Norte, no sopé do monte
conserva-se uma antiga via de circulação utilizada pelo menos desde a época
romana e que mais tarde foi Caminho de Santiago.
Como complemento pode-se ainda
dizer que Desde 1994, o gabinete de arqueologia da Câmara Municipal de Vila do
Conde tem desenvolvido trabalhos de limpeza, controlo da vegetação e protecção
das ruínas na zona da Cividade de Bagunte. O Gabinete conta com o apoio da associação
de património arqueológico de Vila do Conde (APPA-VC) e da junta de freguesia
de Bagunte. Todo o trabalho de valorização e transformação da Cividade tem por
objectivo torná-la no Parque Arqueológico de Vila do Conde. É também o maior e
mais antigo monumento nacional do concelho de Vila do Conde foi um grande
povoado, fortificado com 52 hectares de interesse arqueológico, entre a área
muralhada e o conjunto de vestígios periféricos. O povoado foi desde sempre
conhecido das populações locais que chamavam monte Subidade ou Soledade, duas
alterações ao termo latino original Civitate, de onde vem a nossa palavra
cidade.
3ª
Parte – Castro do Monte Padrão (Santo Tirso)
Após a visita ao Castro S. Paio e
à Cividade de Bagunte deve estar já muito próximo da hora de almoço. As
sugestões são várias e pelo caminho mais curto a distancia até o Castro do
Monte Padrão é de 35km.
Para se visitar o Castro do Monte
Padrão têm que nos dirigir até Santo Tirso e são várias as opções que existem
pelo que deixo ao livre arbítrio de cada um, contudo posso sempre sugerir que
regressem pela N306 até ao cruzamento de Vilarinho onde viram à esquerda
tomando a EN 104 até à Trofa ao longo do rio Ave. Passando o centro da Trofa
continuam na EN 104 até Santo Tirso (não se esqueçam de degustar o tradicional
Jesuíta). Aqui terão que apanhar a EN 319 em direcção a Paços de Ferreira.
Nesta estrada seguirão até à povoação de Monte Córdova mas sugiro que um pouco
antes façam um pequeno desvio para visitar o Santuário Nossa Senhora
Assunção que foi concebido pelo arquitecto Korrodi sob a inspiração
românica-gótica com alguns laivos de neo-romantismo. De planta em cruz grega e
soberba construção, faz lembrar as monumentais basílicas orientais.
Encontrando-se localizada em lugar de ampla visibilidade no Monte Assunção,
tutela daí a cidade de Santo Tirso. Foi construído em 1934, em granito, num
estilo neo-românico. Todos os anos no dia 15 de Agosto realizam uma romaria em
honra da Santa. As vistas sobre Santo Tirso são muito bonitas e no sentido
oposto já se consegue ver o Castro Monte Padrão, embora com alguma dificuldade
e em linha recta distam a cerca de 1.000 metros.
De volta á estrada e mal entrem
em Monte Córdova e junto à igreja paroquial, deverão virar à direita no
cruzamento assinalado como “Estação arqueológica”. A partir daqui deverão
seguir a estrada empedrada, acompanhado a sinalização até atingir a capela da
Senhora do Padrão, ao fim de 800 metros. Podem e devem estacionar junto junta
da capela, encontrando-se o castro no topo da elevação próxima, o Monte do
Padrão, efectuando-se de forma tranquila a subida em poucos minutos.
O maciço designado pelo Monte
Córdova, ocupa uma privilegiada situação geo-estratégica, pois divide as bacias
hidrográficas dos rios Ave e Leça, cujas cabeceiras domina. Deste maciço
destaca-se o Monte Padrão, sobranceiro quer ao vale do rio Sanguinhedo,
afluente do Ave, quer ao vale do rio Leça. Do alto do Monte, que tem uma
altitude de 413 metros domina-se, visualmente, uma ampla secção do vale do Ave
e numerosos e férteis alvéolos, bem como a planície fluvial do rio. O castro
erguido no Monte Padrão controlava não só a navegação fluvial como também um
corredor terrestre que ligava Cale à zona nuclear dos Bracari.
O Monte Padrão fica pois situado
na freguesia de Monte Córdova, concelho de Santo Tirso, é um dos grandes
castros do Entre Douro e Minho, com uma assinalável continuidade, testemunhando
mais de dois mil anos de história, pelo que está a justo título classificado
como Monumento Nacional, desde 1910. O local foi extensivamente
intervencionado, entre 1950 e 1956, por Carlos Faya Santarém, tendo as
escavações incidido em particular sobre a zona norte da acrópole, onde foi
descoberto um notável conjunto edificado já da época romana. Contudo a ocupação
do local remonta ao Bronze Final (século IX a. C.), conforme os vestígios
detectados na plataforma superior, em sondagens realizadas por Manuela Martins,
na década de 80 do século XX. Novas intervenções foram realizadas na década de
90 sob a responsabilidade de Álvaro Moreira, trabalhos que prosseguem
anualmente. Tal como noutros sítios paradigmáticos do Noroeste de Portugal um
primeiro núcleo populacional terá evoluído para um castro da Idade do Ferro, do
qual subsiste, bem conservada e visível, principalmente a Sul e Leste, a
primeira linha de muralha, que defendia a plataforma superior, bem como
vestígios de mais duas linhas, detectáveis pelos taludes artificiais. No topo
aplanado do monte observam-se estruturas do período castrejo, nomeadamente
casas circulares com ou sem vestíbulo, numa área de grande dinâmica urbana,
evidenciada pela sobreposição de estruturas. No quadro do processo de
romanização foi erguido um edifício de tipo domus, bem como grandes construções
rectangulares a norte. A casa possui um peristilo, um amplo pátio lajeado
quadrangular, rodeado por um porticado, para o qual se abrem diversos
compartimentos rectangulares. A norte de deste edifício observam-se amplos
compartimentos que parecem estar associados ao núcleo residencial.
A ocupação medieval não terá sido
menos importante, no contexto da cristianização no Noroeste, existindo uma
ligação à presença de S. Rosendo, figura emblemática do período da Reconquista.
Conservam-se, perto da entrada Leste do conjunto, os alicerces de uma capela
alto-medieval, dedicada a S. Rosendo, assim como de um edifício posterior
baixo-medieval. Deste período data a necrópole de inumação que rodeia os
caboucos das construções medievas, com sarcófagos formados por lajes de granito
e tampas, associada a considerável espólio cerâmico medieval.
4ª
Parte - Citânia de Sanfins (Paços Ferreira)
Após a visita ao Castro do Monte
Padrão fica somente a faltar a visita Citânia de Sanfins e cuja distancia fica
somente a 7,5km pelo caminho mais curto.
Regressar novamente à EN 319 e
seguir em direcção a Paços de Ferreira. Aproximadamente 1 km depois e à entrada
de Santa Luzia vira-se à esquerda e apanhar a EN 1115, cerca de 6km depois
estão na Citânia de Sanfins (tem placas indicativas).
O relevo da zona sudoeste do
Entre Douro e Minho, embora com uma média de altitude relativamente baixa, é
muito fragmentado. Entre as diversas unidades geomorfológicas destacam-se
alguns cumes que, pela sua imponência, dominam a paisagem envolvente numa extensão
de muitos quilómetros. É o caso do monte (570 metros), onde foi implantada a
Citânia de Sanfins. O seu posicionamento entre os limites das bacias
hidrográficas do Douro e do Ave deve ser sublinhado, explicando a sua
relevância estratégica, no quadro da paleo-geografia da Callaecia. Para norte
as linhas de água dirigem-se para o Ave. Para sul convergem para o rio Eiriz,
tributário do rio Ferreira que por sua vez desemboca no Sousa, próximo da
confluência deste último no Douro. O cume onde foi erguido o castro é aplanado,
o que facilitou a organização do sistema defensivo e o ordenamento
proto-urbano.
A Citânia de Sanfins é um dos
locais mais emblemáticos da Cultura Castreja do Noroeste Peninsular. Sendo uma
das grandes citânias do Entre Douro e Minho, é um dos melhores exemplos do
proto-urbanismo da II Idade do Ferro, com uma organização funcional do espaço
urbano, que se estende por uma vasta área planáltica. A Citânia é circundada
por três linhas de muralha, mais um quarto alinhamento complementar. Notam-se
várias portas nas muralhas, reforçadas por fossos a Norte e a Sul. Junto de uma
das portas, na segunda muralha, foi localizada uma estátua de guerreiro,
actualmente representado por uma réplica. A relevância desta descoberta foi,
mais tarde, confirmado pelo achado do guerreiro de S. Julião (Vila Verde),
igualmente detectado junto da segunda linha de muralha. A área intra-muros
ocupava pelo menos 15 hectares. A estrutura urbana do povoado é ordenada por um
grande eixo Norte/Sul, atravessado por diferentes eixos perpendiculares,
naquilo que constitui um notável ensaio de ortogonalidade na ordenação do
espaço urbano. Delimitadas pelos arruamentos e muros limítrofes observam-se
várias unidades domésticas com casas circulares, com ou sem vestíbulo, e rectangulares,
em redor de um pátio central, por vezes lajeado. Pelas suas características
morfológicas Sanfins é um dos melhores locais para se observar este modelo de
proto-urbanismo. Uma das unidades encontra-se reconstruída, de tal forma que
permite aos visitantes compreender melhor a importância da família extensa como
núcleo básico da sociedade castreja. No centro da plataforma, duas grandes
construções são interpretadas como estruturas proto-históricas de carácter
ritual. Um dos maiores pontos de interesse da Citânia é o balneário castrejo,
localizado fora da área urbana posto a descoberto, mas intra-muros, junto de
uma pequena nascente de onde ainda brota água. O balneário apresenta uma
estrutura comum às restantes construções do género, com fornalha de secção
circular, câmara de sauna, vestíbulo separado da câmara pela pedra formosa
decorada e pátio exterior lajeado, onde ainda se conservam dois tanques, assim
como as canalizações de abastecimento e esgoto. Distingue-se, também, uma fonte
de mergulho. A descoberta deste equipamento, na década de 70, do século XX, foi
decisiva para a interpretação subsequente destes monumentos, anteriormente
considerados como fornos crematórios desde o achado de estrutura idêntica em
Briteiros, na década de 30. No ponto mais elevado da Citânia, junto do marco
geodésico, subsistem os alicerces de uma capela medieval (dedicada a S. Romão),
enquadrada no espaço de uma necrópole de inumação. A Citânia de Sanfins,
Monumento Nacional desde 1946, foi primeiramente identificada em 1895 por
Martins Sarmento e Leite de Vasconcelos. As maiores intervenções seriam contudo
efectuadas a partir de 1944 e 1967 por Eugénio Jalhay (este apenas até 1950) e
Afonso do Paço. A partir de 1968 a Faculdade de Letras da Universidade do Porto
assumiu, através de Carlos Alberto Ferreira de Almeida o estudo do povoado,
prosseguido por Armando Coelho F. Silva que dirigiu sucessivas campanhas, em
conjunto com Rui Centeno, até 1993. A partir deste ano elabora-se um projecto
de musealização, incluindo o restauro de estruturas arqueológicas e a
construção de uma estrutura de apoio à visita.
Complementarmente ainda pode-se
dizer que do seu património se destaca ainda as Muralhas, Pedra Formosa e o
Núcleo familiar:
Em relação às Muralhas a Citânia
estava protegida por várias linhas de muralhas. As muralhas defensivas
adaptam-se de forma notável ao terreno, com uma planificação regular e
arruamentos ortogonais.
Sobre a Pedra Formosa – é um
monólito de grandes dimensões, normalmente decorado com gravuras em baixo
relevo, localizado no interior dos balneários da civilização castreja que
permitia o acesso, por uma pequena abertura, ao compartimento dos banhos e
vapores quentes ou seja, pode-se dizer que é o edifício destinado aos banhos
públicos.
“Dizem que alguns dos povos das
margens do rio Douro vivem à maneira dos Lacónio (Esparta uma das mais notórias
cidades-estado da Grécia Antiga). Untam-se com óleo duas vezes (por dia) em
lugares especiais e tomam banhos de vapor, feito com pedras aquecidas pelo fogo
e (depois) banham-se em água fria.”
Em relação ao Núcleo Familiar a
Citânia possui mais de cento e cinquenta construções de planta circular e
rectangular, agrupadas em cerca de quarenta conjuntos de unidades familiares.
Recentemente foi restaurado um núcleo familiar.
“No dia-a-dia bebem cerveja e,
raramente, vinho. O pouco que conseguem, depressa o consomem nas festas
familiares... nesses banquetes sentam-se em bancos construídos ao redor dos
muros, ocupando os lugares segundo a idade e a dignidade. A comida circula de
mão em mão. Enquanto bebem, bailam e fazem coros ao som da flauta e da
trombeta, dando saltos no ar e caindo de joelhos...”
Aos que aceitarem esta nossa
sugestão resta-nos desejar que desfrutem ao máximo possível.
25 janeiro, 2013
Jogo limpo - Manifesto pela ética desportiva
DIVULGAÇÃO:
Numa altura em que o tema “doping”
volta a estar, pelos piores motivos, no centro das atenções, a ACM - Associação
de Ciclismo do Minho, com o apoio da Federação Portuguesa de Ciclismo, relançou
o Jogo limpo - manifesto pela ética desportiva, um compromisso público em
defesa da ética desportiva e contra o doping. Todos os interessados em
subscrever o documento, inicialmente lançado em 2009, podem fazê-lo através do
preenchimento do formulário disponível no final do manifesto.
Todos os pormenores podem ser consultados no sítio na Internet da
Associação de Ciclismo do Minho (www.acm.pt).
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